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| Moradora diz que está de mãos atadas. Parte da renda é só para o transporte (Foto: Sandra Carvalho) |
Durante a segunda reunião para discutir a falta de transporte coletivo nos assentamentos da antiga Fazenda Velha o secretário de Trânsito e Transporte Urbano de Cuiabá, Edivá Pereira Alves disse que vai ver, depois do carnaval, a “possibilidade” de implantar uma linha para a região. Os assentados entregaram uma abaixo-assinado ao secretário reivindicando o serviço, que é tem o monopólio de uma empresa de ônibus privada.
Moradores entregaram ao secretário, um abaixo assinado, pedindo que resolva esta situação o mais rápido possível, eles não tem mais condições de pagar nove reais cada passagem, R$18 para ir e voltar do centro de Cuiabá, ou mesmo do Pedra 90. O pequeno produtor Braulino Pinto da Silva voltou lembrar que leva até seis meses para criar uma galinha e depois vende-la por R$ 15, valor que não dá nem para pagar duas passagens.
Dona Dalva Carvalho, 52 anos, é uma das mais revoltadas. Tem que ir até o centro de Cuiabá duas vezes na semana e acaba gastando R$ 76 por mês. “Vivemos aqui de mãos atadas, esquecidos”.
O secretário da SMTU, Edivá Alves, que foi levado à comunidade a pedido do vereador Misael Galvão (PR), disse que está consciente da situação, porém não deu a garantia de atender a reivindicação. “Dia 18 de março vamos nos reunir com nossos engenheiros para ver se é viável criar o serviço”, restringiu-se. Misael, antes mesmo de assumir uma vaga na Câmara, vem defendendo a criação da linha de ônibus por conhecer de perto o sofrimento dos assentados.
“Não vejo a hora de começar a rodar os ônibus em nossa região, porque assim meus filhos poderão morar aqui e estudar e trabalhar na cidade, além de eu poder ir ao médico e poder pagar menos na passagem”, frisou Lica Bonifácio de Farias, que mora a há 52 anos na comunidade de Rio dos Couros.
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| Edivá recebeu abaixo-assinado dos assentados (Foto: Assessoria) |
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