A ejaculação precoce é um distúrbio que atinge homens com vida sexual ativa. Mas, de acordo com o urologista Newton Tafuri, de Cuiabá (MT), o problema é negligenciado devido à vergonha e constrangimento que alguns sentem de procurar ajuda médica.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Urologia, cerca de 30% dos homens apresentarão, ao longo da vida, a ejaculação precoce, o que afeta a vida sexual do homem e do casal.

“O homem não se sente satisfeito após a interrupção abrupta do ato sexual, assim como a companheira ou companheiro. Portanto, é muito importante buscar a ajuda de um urologista o quanto antes”, orienta o médico.

De acordo com o Dr. Newton Tafuri, a ejaculação precoce é caracterizada pelo ato de ejacular muito antes do esperado. Não existe uma definição de qual o tempo considerado normal para o controle ejaculatório, no entanto quando o fato ocorre com frequência, na maioria das vezes antes da(o) parceira(o) atingir também o orgasmo , chega-se ao diagnóstico de ejaculação precoce .

“Alguns podem ejacular assim que penetrar enquanto em outros já ocorre antes mesmo da penetração e até mesmo pacientes que ejaculam antes de atingir uma ereção por completo”, detalha.

O urologista explica que existem diversas causas que podem estar relacionadas com esse sintoma, mas o mais comum é que esteja ligada com o estado emocional do paciente.

A ansiedade é a principal causa da ejaculação precoce. “Alguns se sentem muito pressionados a ter um bom desempenho no ato sexual, o que interfere negativamente em sua ereção e pode até causar disfunção erétil”.

Outros podem ser afetados pelo estresse do dia a dia, que também é um fator determinante. Ter uma rotina repleta de trabalho e sem tempo para lazer é um agravante que interfere na vida sexual.

Existem dois tipos principais, a ejaculação precoce primária que ocorre desde o início da atividade sexual e a secundária que aquele homem que tinha um controle normal e depois evolui para o quadro.

Ainda pode estar relacionado à ejaculação precoce, o uso de certos medicamentos, alterações hormonais, distúrbios na tireoide, infecções na próstata ou uretra, fatores genéticos ou danos no sistema nervoso.

O tratamento da ejaculação passa por psicoterapia, medicamentos, exercícios de treinamento, fisioterapia pélvica isoladamente ou em associação.

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