A Força Nacional de Saúde fará um diagnóstico da saúde da população xavante na região de Barra do Garças. A equipe será composta por 29 profissionais (entre estes nove médicos), 11 veículos, três motolâncias SAMU 192 e uma carreta do Movimento de Combate a Hanseníase (Mohan).
A denúncia do alto indice de mortalidade infantil entre crianças Xavante (30% em 2010) da região foi feita com exclusividade pelo Blog da Sandra Carvalho em novembro de 2010. Na época, não havia um veículo sequer para visitar as aldeias, faltava medicamento e o DSEI da região estava totalmente sucateado. Em janeiro, o Ministério da Saúde anunciou a liberação de R$ 2 milhões para reestruturar a assistência à saúde dos Xavante.
“O envio da Força Nacional mostra o comprometimento do governo federal com a saúde indígena. Não sabíamos se a força seria deslocada para ajudar as vítimas do terremoto no Japão, mas agora está confirmado para este mês as ações desta equipe no distrito Xavante”, explica Ledi da Silva, chefe-substituto do DSEI Xavante, em Barra do Garças.
Um grupo de técnicos da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) trabalha desde o início do ano na reestruturação do atendimento prestado aos indígenas no Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) do Xavante, no Mato Grosso. Nesta semana, a Sesai conclui a mudanças das duas Casas de Saúde do Índio (Casai) do distrito para novas sedes.
Segundo Ledi da Silva, a mudança das Casais é necessária devido ao estado que as unidades se encontravam no início do ano. “Todos os móveis e equipamentos destas Casais são novos. Estamos terminando a pintura e a organização desses dois ambientes. Faremos a mudanças das duas Casais simultaneamente”. As Casais do DSEI Xavante estão localizadas nos municípios de Barra do Garças e em Campinápolis.
Irânia Marques, Diretora do Departamento de Atenção à Saúde Indígena (Dasi/Sesai) afirma que desde o início da intervenção da Sesai no distrito, em janeiro, a prioridade era reestruturar o sistema de atenção à saúde indígena. “Trabalhamos para colocar as equipes multidisciplinares nas aldeias, o que conseguimos em pouco tempo. Ao mesmo tempo, buscamos melhorar a estrutura de atendimento e um exemplo disso são as novas Casais. Também é importante destacar que firmamos parcerias com as prefeituras e com o governo do estado”.
O Coordenador de Articulação da Atenção à Saúde Indígena, Daniel Porini Zemuner, relata que as ações da Sesai garantiram a presença de profissionais de saúde nas áreas indígenas. “Algumas localidades ficaram muito tempo sem esses profissionais. Agora estamos retomando as ações necessárias, reestruturando o atendimento na região. Há uma demanda reprimida por serviços de saúde que temos que atender”. (Com Assessoria)
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