Uma Comissão Especial de Inquérito (CEI) foi instituída pela Câmara Municipal de Tangará da Serra para apurar denúncias de improbidade administrativa contra a gestão municipal e que já renderam a condenação do prefeito Júlio Ladeia a devolver dinheiro aos cofres públicos.
Para o presidente da Câmara, Miguel Romanhuk, a CEI não pode ser peça para impor medo a quem não deve. “Aqueles que não devem, não precisam temer”.
O vereador diz que a comissão expressa a vontade da maioria da população. “De mamando a caducando, todos querem que as denúncias formuladas pelo Ministério Público estadual apontando suposto desvio de conduta de agentes públicos do município sejam devidamente apuradas”, frisa Romanhuk.
A comissão ficou composta pelos seguintes vereadores: João Negão (PMDB) na presidência, José Pereira Filho (PT) na relatoria (PMDB) como membro. Quatro vereadores – Celso Ferreira (DEM), Genílson Kezomae (PR), Haroldo Lima (DEM) e Vânia Ladeia (PR) – foram impedidos de participar dos trabalhos, já que os três primeiros figuram como requeridos na ação civil pública movida pelo MP relativa ao “Escândalo da Saúde”.

O prefeito de Tangará da Serra Júlio Ladeia teve as contas de 2009 reprovadas pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) e vai ter que devolver R$ 4,2 milhões aos cofres públicos. Conforme o relator do balancete, conselheiro José Carlos Novelli, foram detectadas irregularidades nas secretarias de Saúde e de Assistência Social, principalmente com relação às despesas irregulares com as Oscips Ciap e Idheas.
As irregularidades nos contratos com as Ocips foram detectadas pela Justiça durante investigação da Polícia Federal, que culminou na deflagração da Operação Hygeia, em 7 de abril, para apurar o desvio de R$ 51 milhões por meio de convênios sem licitação. (com Dorgival Silva/Diário de Tangará)
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