Augustinho defende um trabalho educativo para dimuir dependência química as aldeias (Sandra Carvalho) |
O fato de ser um índio representa uma dificuldade na atuação do vereador Augustinho Wawemra (PP) em defesa dos interesses da população do seu município, General Carneiro, a 443 km de Cuiabá (MT). De origem Xavante, Ele lamenta que ainda exista resistência à ideia de um indígena atuar na vida política. “Se houvesse mais respeito ao nosso povo, não precisaria ter índios na política”, diz Augustinho, que está no seu primeiro mandato.
Uma das maiores dificuldadess enfrentada pelo Xavante é em relação à legislação, aos trâmites burocráticos dentro da Câmara. E a outra é quanto ao preconceito que ele diz ainda existir pelo fato de ser índio. Sem entrar em detalhes, Augustinho reclama da falta de atenção a ele em alguns locais públicos que recorre em busca de melhorias para a sua cidade.
O vereador, que cursou Magistério no nível médio e ainda não teve a oportunidade de ingressar na faculdade porque está priorizando o estudo dos filhos, diz que está na Câmara não só para lutar pelas causas indígenas, mas de toda a população de General Carneiro. “Temos muitos problemas de estradas e também na área da educação”, conta ele, que sempre vai à Assembleia Legislativa de Mato Grosso em busca do apoio de deputados.
Augustinho reside na aldeia Sangradouro, em General Carneiro, e foi eleito com 104 votos. “A gente percorre os locais da nossa cidade e encontramos pontes sem manutenção, escolas como telhado caindo. Precisamos de mais apoio dos políticos do município para melhoras a vida dos moradores”, acrescenta, dizendo-se sempre à disposição dos demais vereadores para defender a comunidade local.
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