A vacina contra a influenza (H1N1) pode facilitar o diagnóstico de um possível quadro de Covid-19. A afirmação é da patologista Natasha Slhessarenko e também um alerta para a importância da imunização durante a Campanha Nacional de Vacinação Contra a Gripe. Além disso, a vacina contra a gripe evita a sobrecarga do sistema respiratório.
De acordo com a especialista, quando o paciente toma vacina de gripe, ao apresentar sintomas gripais, que são muito parecidos com os sintomas da Covid-19, a probabilidade de ser infecção pelo influenza é menor, ficando mais forte a hipótese de Covid-19 ou outra infecção respiratória que não influenza.
“Estar protegido contra a influenza não te protege contra a covid-19, por isso se deve tomar as duas vacinas contra os dois vírus”, pontua a médica, observando que a vacina da influenza pode ser feita junto com qualquer outra vacina do calendário oficial, mas para uma boa resposta imunológica é recomendado um intervalo de 14 dias entre a vacina da gripe e a da covid-19.
A gripe H1N1, conforme a patologista, é uma infecção respiratória causada pelo vírus Influenza, que circula frequentemente entre o outono e o inverno, ou seja, entre os meses de março a setembro.
De acordo com a médica, a gripe pode apresentar sintomas como dor no corpo, dor de garganta, dor de cabeça, coriza, tosse seca e febre, mas no geral o quadro tem uma boa evolução. Idosos e pacientes com alguma doença-base podem desenvolver casos mais graves e até ter evolução para óbito.
“Os sintomas são parecidos com os da Covid-19, mas nessa ainda temos a perda do olfato, perda do paladar e sintomas gastrointestinais, como a diarreia. As complicações mais frequentes da gripe são a pneumonia bacteriana, sinusite, otite e agravamento das doenças crônicas, como insuficiência cardíaca, asma e diabetes”, esclarece Natasha Slhessarenko, que representa Mato Grosso no Conselho Federal de Medicina (CFM).
A patologista destaca que como o vírus da influenza sofre muitas mutações, é importante que todos se vacinem anualmente, já que a resposta à vacina do ano anterior não irá continuar protegendo, além disto, os anticorpos parecem ter duração máxima de 12 meses.
Slhessarenko explica que a vacina contra a gripe é muito segura, é produzida a partir do vírus morto, tendo uma eficácia em torno de 60% e 70%. “A vacina pode ser aplicada em todas as idades, sendo em crianças a partir dos seis meses, inclusive deve ser aplicada em gestantes”.
A médica acrescenta que os efeitos adversos mais comuns que a vacina da gripe pode apresentar é dor no local da aplicação, dor de cabeça, mal estar, febre e dor muscular. Por se tratar de vacina feira com vírus morto, a vacina não leva à gripe. E alerta: “Vacinar é prevenção, é amor a sua saúde e a saúde de todos”.