As péssimas condições das estradas de Mato Grosso desanimam empresários do setor de transporte que calculam uma perda de 35% do lucro com a manutenção dos veículos. Além do que, reclamam que o valor do frete continua o mesmo há 10 anos.
Ari Rosa, proprietário da AWS TRANSPORTES, cuja empresa transporta grãos para todo o BRASIL, não tem dúvida que o principal problema enfrentado pelo setor é a questão das estradas. “Mato Grosso é o pior estado em termos de estradas”, analisa.
O conserto e a troca de pneus e peças são constantes porque os veículos não suportam a quantidade de buracos e desníveis nas pistas, problema que, segundo o empresário, ocorre tanto na seca quanto no período das chuvas.
“Estradas ruins significam para nós aumento do tempo do transporte, mais combustível, avarias no veículo e acidentes”, pontua  Tobias Daubian, proprietário da LOCOMOTIVA TRANSPORTES), acrescentando aqui o fato do Estado também ter o combustível mais caro do país. “Enquanto aqui o óleo custa R$ 2,15, em Santa Rita de Goiás, na fronteira com Mato Grosso, pagamos R$ 1,88”, indignado com a alíquota de 17% cobrado pelo Governo do Estado sobre o combustível.
Segundo ele, é por isso que Mato Grosso se torna cada vez mais um Estado “só de passagem” porque os veículos passam por aqui, mas evitam ao máximo o abastecimento.
O presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas de Mato Grosso (Sindmat), Amilton Luiz de Mendonça observa que a falta de investimentos em estradas cause prejuízos não só às transportadoras, mas a toda a sociedade porque, segundo ele, é um fator crucial que impede o desenvolvimento do Estado. “Principalmente porque em Mato Grosso ainda não existe outra alternativa de transporte, como hidrovias e ferrovias”, completa Amilton.
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