Aumentou no Brasil o número de casos de síndrome inflamatória multissistêmica pediátrica (SIM-P), conforme informações da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). Natasha Slhessarenko, pediatra e patologista da Clínica Vida Diagnóstico e Saúde, explica que crianças, pessoas de até 19 anos, estão desenvolvendo a doença associada à Covid-19, após exposição ao novo coronavírus, e são mais presentes em crianças com mais de 10 anos.
Nesta semana, a SBP divulgou um alerta para que especialistas notifiquem o Ministério da Saúde ao se deparar com casos de SIM-P, potencialmente associada à Covid-19, visto que a síndrome se manifesta dias ou semanas após a infecção pelo novo coronavírus.
Slhessarenko comenta que os primeiros casos foram reportados nos Estados Unidos da América em um bebê de seis meses, e no Reino Unido em três adolescentes.
“O que eles tinham em comum? A febre por mais de dois dias, sinais de inflamação nos exames laboratoriais, expunção de um ou múltiplos órgãos, rash cutâneo, que é a aquela pele toda vermelha, e todas elas tinham em comum a sorologia ou o PCR positivo para Covid-19 ou contato de alguém que foi infectado pelo vírus”, esclarece a pediatra.
A SBP alerta que as características da doença são semelhantes à síndrome de Kawasaki, síndrome de choque associada à síndrome de Kawasaki, síndrome de ativação macrofágica e síndrome de choque tóxico. Os pacientes podem apresentar alterações cardiovasculares, renais, respiratórias, hematológico, gastrointestinais, mucocutâneo, entre outros.
“Esses quadros são mais comuns em crianças na segunda década, a partir dos 10 anos de idade e alguns estudos mostram o predomínio em crianças mais obesas. Essa é a chamada síndrome inflamatória multissistêmica
 associada à Covid-19”, pontua a médica.
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