Em documento, o Fórum Intersetorial de Saúde Mental lembra que sociedade é contra OSs e que opinião não foi respeitada. Veja vídeo do momento em manifestantes rechaçam secretário estadual de Saúde Pedro Henry e membros do Conselho.
O Fórum Intersetorial de Saúde Mental de Mato Grosso convoca os movimentos em defesa do SUS para continuar lutado por mais investimento, transparência na gestão, e melhores condições de trabalho na rede pública. Em manifesto, o Fórum repudia a postura da UFMT na votação das Organizações Sociais como modelo de gestão da saúde no estado e diz que a luta continua.
Contundente, o Forum conclui que durante a votação ocorrida no dia 6 de abril, em Cuiabá, a reitora da UFMT, Maria Lúcia Cavalli demonstrou não representar alunos e professores da instituição e questiona se no momento em que se conclui que a universidade está sucateada, seus gestores deixarão seus cargos para que sejam ocupados por uma “gestão moderna”.
“Na reunião do Conselho Estadual de Saúde de Mato Grosso, ao aprovar a contratação das Organizações Sociais para gerir serviços do SUS, torna-se claro que ficamos muito tempo desmobilizados. Nós, atores sociais, ficamos na expectativa da realização de um processo iniciado, esperando que ele naturalmente seguisse seu curso. Esquecemos que a dialética do cotidiano não tem começo, meio e fim naturais, está em constante transformação, movimento, cheia de jogos de poder”, observa documento assinado pelo Fórum.
Para os integrantes do fórum, os trabalhadores absorvidos com a assistência, confiantes de que o Conselho Estadual de Saúde os representaria a contento, acreditavam que poderiam seguir no trabalho junto ao usuário e que as políticas já conquistadas estavam asseguradas.
“A votação do Conselho Estadual de Saúde com a DIFERENÇA DE APENAS UM VOTO demonstra também o quanto estão divididos os diversos segmentos que o compõe e demonstra acima de tudo que devemos nos reapropriar dos nossos espaços de luta, pela Saúde Pública, pela nossa qualidade de vida. A LUTA DEVE CONTINUAR”, convoca o Fórum.
A entidade ressalta ainda que o trabalho dos servidores da saúde vem sendo apontados como responsáveis pela ineficiência dos serviços e que isso seria uma estratégia utilizada pelos gestores para esconder a falta de investimento nos serviços, nos equipamentos, nas condições de trabalho, nos programas, nas políticas, em capacitação, reconhecimento e valorização dos trabalhadores, em todas as esferas de governo.
“O momento é de fortalecer nosso movimento e anunciar que o Fórum Intersetorial da Saúde Mental de Mato Grosso é a favor de uma gestão comprometida com o SUS, ou seja, que respeite os direitos dos cidadãos, que valorize os seus trabalhadores e garanta um atendimento de qualidade”, conclui o manifesto do Fórum.
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