MT-322, além de prejuízos aos produtores, oferece riscos aos usuários (Foto: Internauta) |
Trafegar pela MT-322 entre a localidade de Alô Brasil (Médio Araguaia) até Matupá (Norte de Mato Grosso) é sinônimo de prejuízo financeiro e desgaste físico e emocional. Semelhante a outras estradas estaduais, a MT-322 não oferece as mínimas condições de trafegabilidade. Usuários questionam a ausência da patrulha mecanizada na região desde que foi entregue pelo Governo do Estado.
Um dos trechos mais dramáticos fica entre o entroncamento da MT 322, antiga BR-080, no Posto do Arnô, e o Posto do Bituca, em São José do Xingu. Esse trecho compreende uma extensão de aproximadamente 200 km responsável por uma produção de cerca de 100 mil ha de soja, e um rebanho imenso que abastece os frigoríficos de Água Boa, Barra do Garças e Paranatinga.
A Associação dos Fazendeiros Araguaia Xingu (ASFAX) assumiu desde o dia 15 de junho de 2010, o comando de uma Patrulha Mecanizada para dar manutenção nesse trecho, cuja distancia é de 480 Km.
A Patrulha Mecanizada incluía duas moto-niveladoras novas, cinco caminhões basculantes, um caminhão meloso, uma retroescavadeira gigante, um veículo utilitário para assistência e uma prancha para transporte de equipamentos pesados. O maquinário foi recolhido no final do ano pelo Governo do Estado e ainda não foi devolvido. Porém, durante o tempo que permaneceu na região não teria surtido o efeito desejado.
Foto: Internauta |
Quando da entrega do maquinário, o Governo do Estado anunciou que a região seria transformada no grande celeiro do Brasil com o asfaltamento completo da BR 158 e das MTs 437/430, ligando Confresa ao distrito de Santo Antônio do Fontoura, em São José do Xingu.
Chegou a se falar em “explosão de desenvolvimento do Araguaia”. À época do recebimento da patrulha mecanizada, o prefeito de Gilberto Mendes Leoncini, o Betão, comemorou o que ele chamou de grande virada. “Os municípios produtivos de Mato Grosso, como Primavera do Leste, Nova Mutum, Lucas do Rio Verde, Sorriso, Sinop e o Nortão de modo geral, vão ficar preocupados com agente”, disse ele.
No entanto, os maquinários não evitaram que as chuvas deste verão castigassem os proprietários da região com grandes despesas e perdas de produção devido aos atoleiros.
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