Estava no meu sobradinho, quando de surpresa apareceu o nosso prefeito para uma visita – isso no início do ano passado. Era um sábado, por volta do meio-dia. As cadeiras de balanço já estavam ocupadas pelos seus titulares, o pastelzinho rolando e a redondinha descendo. Gosto de receber amigos aos sábados e aos domingos pela manhã para longos e agradáveis bate-papos. Mas não os convido. Convite para mim soa como uma intimação, e os meus íntimos sabem disso. Eles vão aparecendo. Uns de surpresa, outros, mais precavidos, avisam antes. Pois bem, nesse histórico sábado nosso prefeito, que à época só tomava refrigerante e vinho na Chapada, me convidou a descer para me mostrar uma obra que, segundo ele, acabaria definitivamente com os inúmeros buracos no asfalto da minha rua. Fui. Confesso que fiquei impressionado com a espessura do asfalto – quase meio-metro! O problema da ex-Cidade Verde é a falta de saneamento básico – o crônico problema das obras enterradas. Isto sim iria resolver em definitivo o problema, e não uma grossa camada de asfalto. Lembrei-me da previsão da boquinha maldita do ano passado: “não vai aguentar a primeira chuva”.
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