A Chapa 01 venceu a eleição para a nova diretoria do Diretório Central dos Estudantes da UFMT – Universidade Federal de Mato Grosso. A votação contou com a participação de mais de 3.700 alunos e pela primeira vez foi feita com urnas eletrônicas, garantindo a lisura e transparência do pleito.
Durante a apuração, ficou constatado que havia problemas na assinatura de coordenadores da eleição em três urnas, cujos votos foram cancelados. Ao final da contagem, vitória para a Chapa 01. A Chapa 02 protestou e houve nova contagem dos votos, agora incluindo as urnas impugnadas já que a falha nas assinaturas foi rapidamente corrigida pela coordenação, até porque não interferiu nos votos computados na urna eletrônica. Novamente vitória para a Chapa 01.
Não satisfeitos, membros da chapa derrotada pedem a anulação da eleição, mesmo diante do resultado da votação eletrônica por duas vezes ter dado a vitória para a Chapa 01. ”A comissão formada por 7 membros começou a apuração verificando as atas de todas as urnas, depois os votos em cédula e enfim, ligaram as urnas eletrônicas para a impressão dos resultados. Enquanto o resultado se processava todos estavam presentes, porém após a impressão do resultado da última urna (Direito), a CHAPA 1 estava eleita por uma diferença de 28 votos”, diz a carta-manifesto divulgada pelos vitoriosos.
Os demais membros da comissão eleitoral continuaram o processo conferindo as listas de assinatura e o resultado da votação, apesar de três membros terem abandonado o processo junto com o grupo derrotado, até as 6 da manhã.
Segundo o Regimento Eleitoral, serão anuladas as urnas que não estiverem em conformidade com o número de votos e com a lista de assinaturas, com tolerância de margem de erro de 5% para mais ou para menos. Segundo a conferência da Comissão Eleitoral enquadram-se nesse caso a urnas do Hospital Universitário, Direito e Enfermagem.
A carta ainda diz que “na apuração do dia 27/28 infelizmente a comissão eleitoral cometeu, durante a apuração, por volta das 5 horas da manhã, um erro na contagem de assinaturas, que por consequência resultou, segundo o regimento eleitoral, nas anulações de três urnas. E por conta disso a chapa 2 não aceita a simples revalidação das urnas, a retratação pública a qual a comissão eleitoral se propôs a fazer e a posse da Chapa 01, que com a validade de todos os votos saiu vitoriosa”.
A Chapa 01 questiona com que direito os membros da Chapa 02 questionam o resultado da eleição se desistiram de acompanhar o processo, acusando o grupo vitorioso de fraude e os insultando com palavras impublicáveis. “Os coordenadores, mesmo tendo cometido o erro por motivos de fadiga, admitiram a falha e a corrigiram. São na verdade heróis em resistência, pois queriam a finalização da eleição de forma legítima, e mesmo tendo trabalhado no processo por mais de 24 horas ininterruptas não abandoaram a missão que lhes foi dada”.
Para a Chapa 01, mesmo sem impugnar urnas a vitória é legítima porque foi realizada de forma transparência através das urnas eletrônicas. “Não somos massa de manobra e não deixaremos que aqueles que nos confiaram o voto fiquem a mercê de mais um GOLPE baixo, o chamado tapetão. Devemos nos unir para garantir a posse de quem legitimamente venceu a eleição. Tempestade em copo d’água para o golpe. Não Aceitamos!”, conclui o manifesto, referindo-se á tentativa de anulação do pleito.
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