Reportagem de hoje do jornal A Gazeta repercute denúncia do Gaeco.
Dois diretores do Hospital e Pronto-Socorro de Cuiabá (HPSMC) vão responder por prevaricação. Eles sabiam do esquema para burlar a fila de espera por cirurgias e na avaliação do Ministério Público Estadual (MPE), não tomaram atitudes concretas para evitar o crime. Nos depoimentos, o diretor do PS, Jair Gimenes Marra, e a gerente de internação, Mariana Penha Rosa, informaram que haviam boatos nos corredores e eles tentavam conversar com os médicos para combater a prática.
Mariana Penha Rosa disse ainda que há muito tempo perdeu o controle da fila de cirurgias. Ela argumentou que quem define a prioridade é o médico e não existe nenhum tipo de auditoria ou documento oficial para que o profissional faça a justificativa.
A preferência na fila era comprada e muitas vezes a vaga era fruto da influência de funcionários do PS, que pediam para o médico atender. Conforme o promotor, o fato configura tráfico de influências.
Outra falha da administração estava na investigação das denúncias. Em uma delas, a vítima procurou um jornal e o PS declarou que ia abrir um Processo Administrativo Disciplinar (PAD), mas nunca investigou o caso.
Outro lado – A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informou, por meio da assessoria de imprensa, que não foi notificada sobre o assunto e que vai averiguar os fatos. O Conselho Regional de Medicina (CRM) informou, por meio da assessoria de imprensa, que abre hoje uma sindicância para apurar a atuação dos médicos. (Caroline Rodrigues)
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