Por Indiana Borralho
O Coronavírus, também conhecida mundialmente como COVID-19 (Corona Virus Disease – 2019), por conta da distribuição e propagação da doença por diversos países do mundo, tornou-se uma pandemia.
A transmissão dessa infecção é através da expectoração de gotículas por meio da tosse, espirro ou da fala de uma pessoa infectada, essas gotículas contém o vírus e ao entrar em contato com o trato respiratório ou mucosa de um indivíduo saudável o infecta, seja pelo contato próximo com a pessoa infectada ou ao tocar em um superfície contaminada e logo passar as mãos no nariz, na boca ou nos olhos. Porém todo esse ciclo pode ser convertido através dos cuidados básicos de higiene pessoal.
Para ser diagnosticado com COVID-19 é necessário uma anamnese e exames laboratoriais e de imagem, os exames são o que confirmam o diagnóstico ou o prognóstico.
Tendo a suspeita da infecção o médico optará por fazer os exames para identificação do vírus (antígenos) ou das imunoglobulinas contra o vírus (anticorpos) e ainda exames quantitativos, a escolha do exame é muito importante para obtenção de diagnóstico clínico-laboratorial confiável, reduzindo a margem de erro.
Ao optar pela identificação dos anticorpos o médico tem a opção de solicitar testes sorológicos com de metodologias simples como os Imunocromatográficos, ou até os mais elaborados como Imunoenzimático (ELISA – Ensaio de Imunoabsorção Enzimática) e Quimiluminescência. Já ao optar por detecção do antígeno (vírus) as opções de exame são moleculares buscando a identificação do RNA do vírus em secreções respiratória e testes imunocromatográficos diretos.
Baseado no histórico clínico do indivíduo o médico optará por determinando exame, os mais usuais são Reação em Cadeia da Polimerase – Tempo Real (RT-PCR) (qualitativo) e os testes rápidos (direto/indireto), sendo o RT-PCR o padrão ouro, ou seja o exame de confiança para fechamento satisfatório de diagnóstico e tratamento.
Sabe-se que as atividades de prevenção e controle para a doença do Coronavírus acontecem de forma rotineira nos serviços de vigilância em saúde de todo o país atualmente. Entretanto, a intensidade que a disseminação da doença tem ocorrido, gerou a busca incessante pela compreensão da conduta médica frente aos exames criando uma relação de desconfiança dos profissionais de saúde, por este motivo é necessário a divulgação do conhecimento para tomada de decisão do exame a ser solicitado em uma linguagem mais simples a toda sociedade.
Figura 1. Representação esquemática para simplificar a compreensão dos exames laboratoriais para o diagnóstico do COVID-19 de maneira ilustrativa.
O tratamento recomendado antes do diagnóstico laboratorial deve ser seguido através de um protocolo de atendimento já estabelecido pelo Ministério da Saúde e que vem sendo atualizado constantemente para a nossa realidade, assim como o tratamento com o diagnóstico confirmado, lembrando que não há medicamentos específicos para a COVID-19, sendo assim é tratado os sintomas que deve ser monitorado minuciosamente para tomada de decisão de uma possível e brusca alteração do processo terapêutico.
A evolução da doença pode levar o indivíduo a internação e utilização de ventilação mecânica (artificial com o auxílio de aparelho) em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para manutenção da vida.
Indiana Campos Borralho
Técnica em Alimentos pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso (IFMT). Biomédica habilitada em Patologia Clínica (Análises Clínicas) pelo Centro Universitário Cândido Rondon (UNIRONDON). Atualmente Laboratorista (Professora do Laboratório de Ciências da Natureza) do Colégio Notre Dame de Lourdes (CNDL-Rede Azul). Pós-graduanda no curso de especialização em Libras e Educação Inclusiva (Lato sensu) pelo Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia de Mato Grosso (IFMT) e Mestranda no Programa de Ciências Aplicadas à Atenção Hospitalar do Hospital Universitário Júlio Müller na linha de pesquisa em Saúde no Espaço Hospitalar: Diagnóstico, Tratamento e Intervenção sendo a área de concentração: Doenças infecciosas e parasitárias pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).