Febre, calafrios, cansaço, abatimento, ausência de apetite, dor contínua e/ou latejante, além de inchaço na região anal, que se apresenta quente e avermelhada, são alguns dos sintomas do abcesso anal.
O coloproctologista Mardem Machado, diretor do Instituto de Gastro e Proctologia Avançada (IGPA), explica que o tratamento mais indicado é a drenagem cirúrgica associada a antibióticos.
O abcesso anal é uma cavidade em que se forma secreção purulenta (pus) no ânus e que em geral é causado pela infecção de pequenas glândulas existentes no canal.
O especialista diz que alguns abcessos podem ter se originado a partir de uma fissura infectada, que consiste em uma ferida linear no canal anal, mas com alto potencial de desenvolver uma infecção local.
“Existem causas menos comuns para o surgimento de um abscesso como, por exemplo, o ato de engolir alimentos sem mastigar, podendo levar fragmentos de ossos ou espinhas de peixe até o canal anal”, esclarece o médico.
Dr. Mardem diz que os fragmentos que não são digeridos e passam pelo canal anal podem gerar uma escoriação ou perfuração, e provocar um abcesso que pode dar lugar à fístula.
O mais indicado para tratar o problema é uma drenagem cirúrgica associada a antibióticos, mas em alguns casos o abcesso se rompe e drena espontaneamente.
“A cirurgia é uma incisão que elimina as secreções e isso alivia em muito a dor provocada pela pressão existente dentro do abcesso. Se pequeno, eles podem ser drenados sob anestesia local e os maiores e mais profundos podem necessitar de internação hospitalar e o auxílio de um anestesista”.
Nestes casos também está indicada a administração de antibióticos, desta vez por via intravenosa porque se manifestam com mais gravidade.
O coloproctologista reforça que pacientes diabéticos, com leucemia e outras doenças que levam à deficiência imunológica necessitam de cuidados especiais pela gravidade e rapidez com que a infecção pode evoluir.