Por Indiana Borralho

A unidade humana é um ser único e pensante, sendo a unidade uma qualidade e humano uma pessoa, que nos revela sobre a concepção na filosofia existencial. Há poucos dias aqui no Brasil ultrapassamos o “marco” de mais de 100 mil mortes pela pandemia, o que nos propicia a reflexão acerca da vida e da vida em sociedade.

Historicamente há o dia 14 de agosto que é celebrado o dia da unidade humana, cuja origem é desconhecida e a data mais desconhecida ainda pela sociedade, mas o fato é que existe e isso nos faz repensar em muitos assuntos.

Holisticamente existem pessoas de todo tipo, mas hoje em especial falarei do ser que é humano, referencio aquele que tem empatia pelo outro, que desempenha um papel sério, alegre e bondoso na sociedade. Nessa perspectiva, sabemos que a empatia possibilita a humanização, enobrece a alma e acelera o desenvolvimento humano. Inspirados refletimos a cerca de, onde estão essas pessoas na pandemia?

Está naquele profissional da saúde…

Está naquele profissional que auxilia a manter sua água, luz e internet funcionando em casa e/ou no trabalho.

Está naquele que buscou dar uma aula significativa online para seus alunos presenciais.

Está naquele que para um tempo do seu dia para orar pelo mundo.

Está naquele que se dedica a erradicação contra o coronavírus.

Está naquele que sorri para você com os olhos, pois a boca está protegida.

Está naquele que voluntariamente leva alimentos aos necessitados.

Está naquele que usa álcool para higienizar os objetos que manipula.

Está naquele que propaga a informação correta.

Está naquele profissional que mantém seu comércio alimentício aberto para nos atender.

Está naquele que podia e parou para fazer o isolamento social.

Está naquele que respeita a distância permitida nos mercados, açougues, farmácias, bancos, etc.

Está naquele que distribuí ou distribuiu máscaras, sabão e álcool para evitar a propagação de contágio do vírus.

Está naquele que faz a entrega de um produto na porta de sua casa.

Está naquele que instruiu seus familiares e amigos que precisamos nos cuidar.

Está naquele que de cortesia não vai até a sua casa, a não ser que te chame ou pede permissão.

Está naquele que continua trabalhando para te levar e te buscar onde desejar ou mesmo no transporte público.

Está naquele que cuida diariamente de sua segurança domiciliar.

Está naquele que está em home-office, mas não deixou que a cega justiça fosse paralisada ou tardasse mais ainda.

Está naquele que talvez eu não tenha citado ou sido clara… mas simplesmente está naquele que faz o bem sem olhar a quem e vê todas as pessoas de maneira igualitária, porque não existe quem não tenha nada a oferecer e quem não precise de nada.

Partindo dessa premissa, saiba que tudo isso é atividade humana, que se afere na qualidade de ser humano constituindo-se como criatura plural e divina. A construção humana deve ser baseada na compreensão dos princípios éticos e respeitando-os e ainda mais, promovendo a solidariedade para assim formar-se uma cultura de tolerância entre todos os povos e afetividade nos lares.

A atividade humana modifica, não falo biologicamente e sim a cunho psicológico, sendo um movimento coletivo, em razão que nós seres humanos aprendemos que viver em sociedade é melhor que viver sozinho; não sendo uma tarefa fácil devido as nossas diferenças, mas nesse momento de pandemia ressignificam muitas das nossas diferenças nos mostrando a melhor forma de superar para viver em união e harmonia.

Esse artigo é para homenagear a todos aqueles que arriscam a própria vida em prol dos doentes pelo coronavírus e de toda intempérie que enfrentamos e que ainda enfrentaremos. Que nos leva refletir hoje, sobre as marcas que a pandemia deixa em cada indivíduo e em toda sociedade. Desejo coragem para enfrentar a vida após a pandemia, para vivenciar o “novo normal”, com muita resiliência. Ainda que haja no total de infectados, mais que 70% de pessoas curadas, aceitar a mudança nem sempre é fácil, mas poder enfrentá-lo vivo facilita.

Aos professores de história, além de contar a trajetória deste trágico momento pandêmico, compartilhe também que houve muitas coisas boas realizadas durante a pandemia e que o nosso modo de escrevê-la foi em muitos momentos a unidade humana se transformando.

Que não romantizemos as boas ações, mas que possamos segregar os que se fizeram na falta de caráter e da irresponsabilidade política frente aos seus benefícios.

Viva a unidade humana! que é muito mais que uma dezena de centena. Somos muito e somos mais se “estamos juntos”!

Deus só.

Autora: Indiana Campos Borralho

Técnica em Alimentos pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso (IFMT). Biomédica habilitada em Patologia Clínica (Análises Clínicas) pelo Centro Universitário Cândido Rondon (UNIRONDON). Atualmente Laboratorista (Professora do Laboratório de Ciências da Natureza) do Colégio Notre Dame de Lourdes (CNDL-Rede Azul) e Voluntária na Pastoral Escolar do mesmo. Pós-graduanda no curso de especialização em Libras e Educação Inclusiva (Lato sensu) pelo Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia de Mato Grosso (IFMT), Capacitanda em Assistência do Ato Transfusional e Suas Responsabilidades Legais pela Hemovigilância do MT-Hemocentro e Mestranda no Programa de Ciências Aplicadas à Atenção Hospitalar do Hospital Universitário Júlio Müller na linha de pesquisa em Saúde no Espaço Hospitalar: Diagnóstico, Tratamento e Intervenção sendo a área de concentração: Doenças infecciosas e parasitárias pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).

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